Comunidades de Cuidado: fabulações, enfrentamentos e éticas de cura

ONLINE - ambiente Zoom com retransmissão para canal do YouTube

Inscrições prévias gratuitas, a partir de 5 de novembro, com inscrições prévias via formulário.

Os debates acontecem no Zoom, onde será possível fazer perguntas e comentários. Cada encontro será retransmitido para o canal do YouTube do festival de modo a ampliar seu alcance, mas toda interação com as integrantes das mesas estará restrita ao ambiente Zoom. A programação da mostra conta com uma conferência, três mesas ao vivo e dois debates pré-gravados.

Mesa 1. Enfrentamentos, ou corpo como arquivo

Sábado, 20 nov, 15h
Com Gabriela Gaia, Priscila Rezende e Vladimir Seixas
Mediação: Carla Italiano e Milene Migliano

Mesa 2. Éticas de Curas, ou corpo como sonho e ancestralidade

Domingo, 28 nov, 16h 
Com Abiniel João Nascimento, Makota Kidoiale e Sueli Maxakali 
Mediação: Milene Migliano e Cora Lima

Mesa 3. Fabulações, ou corpo como memória

Quarta, 1 dez, 15h
Com: arquivo mangue, Fredda Amorim e Ronaldo Serruya 
Mediação: Arthur Medrado e Milene Migliano

Debates pré-gravados

A mostra acompanha ainda dois debates gravados com realizadorxs, disponíveis online a partir de 18 nov no canal do YouTube:

Ano 2020 (2021,16’, de Coletivo Olhares (Im)possíveis)
Debate com o coletivo realizador.
Mediação de curadorxs da mostra

Deus tem AIDS (2021, 82’, de Fábio Leal e Gustavo Vinagre)
Debate com realizadores.
Mediação: Arthur Medrado e Carla Italiano

Pérola [work in progress] (2021, 51’, de Paula Kimo, Joanna Ladeira e Zi Reis)
Debate entre a convidada Cristina Amaral e as realizadoras e participantes do filme. 
Mediação: Glaura Cardoso Vale

MINI-BIOS

Mesa 1. Enfrentamentos, ou corpo como arquivo

Gabriela Leandro Pereira (Gaia)
É doutora em arquitetura e urbanismo, professora na UFBA, em Salvador, onde desenvolve investigações sobre narrativas, histórias, memórias e epistemologias produzidas sobre a cidade, urbanismo, arquitetura e seus apagamentos, interseccionados pelo debate das racialidades e de gênero. Se divide entre a docência, pesquisa, extensão, organização de eventos acadêmicos, curadoria e participação em comissões e conselhos editoriais. É autora do livro Corpo, discurso e território: Cidade em disputa nas dobras da narrativa de Carolina Maria de Jesus, adaptação de sua tese de doutorado de mesmo nome, premiada em 2017 pela Associação Nacional de Pós-graduação em Planejamento Urbano e Regional. É co-fundadora da Coletiva Terra Preta Cidade e Conselheira da Casa Sueli Carneiro.

Priscila Rezende
É artista visual e desenvolve trabalhos em performance, instalação, vídeo e fotografia. Raça, identidade, inserção e presença do indivíduo negro e das mulheres na sociedade contemporânea são os principais norteadores e questionamentos levantados no seu trabalho. Partindo de suas próprias experiências, limitações impostas, discriminação e estereótipos são expostas em ações corporais viscerais, que buscam estabelecer com o público um diálogo direto e claro. Priscila é graduada em Artes Plásticas pela Escola Guignard-UEMG (Belo Horizonte, Brasil) com habilitação em Fotografia e Cerâmica. Dentre sua atuação destaca-se a presença em exposições em diversas regiões do Brasil como Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco, Amapá e Rio Grande do Sul e em países como Alemanha, Inglaterra, EUA, Espanha, Holanda e Polônia.

Vladimir Seixas
É diretor e roteirista audiovisual desde 2008. Indicado ao Emmy Internacional de melhor documentário em 2019 com "A Primeira Pedra", Vladimir é formado em Filosofia com mestrado em Estética pela UERJ e em Direção Cinematográfica pela Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Seus filmes investigam as transformações políticas e culturais no Brasil dos últimos anos a partir das lutas de movimentos urbanos. Em 2015 criou no Rio de Janeiro a produtora Couro de Rato ao lado do sócio Luis Carlos de Alencar. Dirigiu e roteirizou cinco curtas, dois longas, uma série e um telefilme, participou de mais de 50 festivais pelo mundo e recebeu diversas premiações. Exibe no forumdoc.bh seu 3º doc longa “Rolê - Histórias dos Rolezinhos” e desenvolvendo seu primeiro longa de ficção.

Mesa 2. Éticas de Curas, ou corpo como sonho e ancestralidade

Abiniel João Nascimento
É Tabajara da mata norte pernambucana e idealizador da Ka'a Îuru - escola da memória.  Tem buscado materializar suas inquietações se apropriando do lugar denominado arte. Nesse sentido, é artista visual, curador(a) e, não obstante, também é bacharelando em Museologia pela Universidade Federal de Pernambuco. Está membro(a) do Coletivo de Arte Negra e Indígena - CARNI; pesquisador(a) no grupo de pesquisa Cultura e Arte Indígena no Nordeste - CAIN e do Laboratório de Poéticas Indígenas (UFPE). Foi curador(a) convidado(a) na Plataforma Práticas Desviantes, assim como exerce a curadoria da exposição “Hoje somos muitas árvores”.

Makota Kidoiale (Cássia Cristina da Silva)
Liderança comunitária no kilombo e candomblé Manzo Ngunzo Kaiango, militante do Movimento Negro Unificado, (MNU), e do Coletivo Mães Pela Diversidade. Coordenadora do Projeto Kizomba,  e idealizadora do projeto. Eduka  kilombo conselheira Estadual, e Municipal de Promoção da Igualdade Racial (CONEPIR/COMPIR), Mestra e professora no Programa de Formação Transversal em Saberes Tradicionais da UFMG. Vem construindo a luta pelas ações afirmativas dentro e fora da comunidade, com o intuito de transmitir o conhecimento da ancestralidade negra para a população, buscando dessa forma quebrar barreiras e preconceitos contra a população afrodescendente, contribuindo para o desenvolvimento da cidadania, com respeito a diversidade e a diferença. Participa e protagoniza a lutas contra o machismo, racismo, intolerância religiosa e todas formas de discriminação, contribuindo para a sociedade na defesa dos direitos humanos.

Sueli Maxakali
Presidente da Associação Maxakali de Aldeia Verde, fotógrafa, cineasta e professora do Programa de Formação Transversal em Saberes Tradicionais da UFMG. Atua como artista, liderança e ativista da questão indígena, utilizando em seu trabalho várias linguagens como o canto, o desenho, a fotografia, o cinema e os adornos de miçanga.

Mesa 3. Fabulações, ou corpo como memória

arquivo mangue
arquivo mangue nasce do encontro de amor entre us artistas Camila Mota y Cafira Zoé y o desejo de criar mundos y imaginar presente-passado-futuros através do corpo-palavra-imagem-vídeo, fundindo caminhos fora do pensamento y dos modos de fazer-mundo coloniais-extrativistas, heterocentrados, binários, normativos, patriarcais y supremacistas. fazemos trabalhos de encruzilhada, obras-rituais. importa a simbiose, a confluência, o que se passa entre y o tempo da fermentação de tudo. praticamos a  f(r)icção especulativa. criamos obras-vivas, multimídias, cosmopolíticas. ciência, tecnologia y transe.

Ronaldo Serruya
É ator e dramaturgo de um dos mais importantes grupos de teatro do país, o Grupo XIX de teatro ( SP), premiado no Brasil e no exterior. Em 2009 fundou o Teatro Kunyn, coletivo que pesquisa a questão queer nas artes cênicas. Pelo texto Desmesura ganhou o Premio Suzy Capó  no 25O Festival MIX da Diversidade. Desenvolve também o projeto Como eliminar monstros: discursos artísticos sobre HIV/ AIDS, projeto que analisa uma história social da doença e reflete sobre os estigmas que rondam corpos positivos através da fricção entre Arte x HIV. Seu texto A doença do outro, ganhador do 7º Edital de Dramaturgia em pequenos formatos do CCSP (SP), é um monólogo sobre sua experiência vivendo com HIV.

Fredda Amorim
Historiadora e professora, Mestra em artes cênicas, pesquisadora incansável de performatividades, mosntruosidades e fruições de gênero e sexualidade nas artes. Atualmente doutoranda em Teatro na UDESC onde onde busca agrupar corpas transvestigenere fazedoras de arte afim de criar uma produção a partir da escuta, do encontro e dos afetos. Militante e atuante em diversas frentes como Academia Transliteraria, Plataforma Queerlombos, MUTHA Brasil e coletivo MICA. Idealizadora e produtora da Bangalô de Irene produções artísticas onde vem transitando por produções locais, nacionais e internacionais no Teatro, Dança, cinema e festivais.

Curadoria e Mediação de debates

Arthur Medrado
É pesquisador e educador audiovisual. Doutorando do PPGCine (Programa de Pós-graduação em Cinema e Audiovisual), da UFF. Mestre em Educação e bacharel em Jornalismo pela UFOP. Participou da mobilidade internacional na Universidade Nacional de La Plata - UNLP, na Argentina, onde estudou "Comunicação Audiovisual". Também faz parte da Plataforma Queerlombos e do Coletivo Mica. 

Carla Italiano
É pesquisadora em cinema e programadora de mostras e festivais. Doutoranda em Comunicação Social pela UFMG. Integra a equipe de programação do Olhar de Cinema - Festival Internacional de Curitiba (2017-2021) e é uma das organizadoras do forumdoc.bh - Festival do Filme Documentário e Etnográfico de Belo Horizonte. Foi co-curadora das mostras "Esta terra é a nossa terra" (2020), "Retrospectiva Helena Solberg" (CCBB, 2018),"Retrospectiva Jonas Mekas" (forumdoc.2013), entre outras. Também integra a coordenação do grupo de pesquisa "Poéticas femininas, Políticas femininas" (UFMG). É natural de Recife e residente em Belo Horizonte.

Cora Lima
É estudante de graduação em Antropologia Social na UFMG e produtora. 

Glaura Cardoso Vale
É ensaísta, produtora editorial e pesquisadora de cinema e outras artes. Publicou A mise-en-film da fotografia no documentário brasileiro e um ensaio avulso  (Relicário, 1ª Ed. 2016, 2ª Ed. 2020). Colabora com o forumdoc.bh desde 2003 e coordena o editorial do FestCurtasBH desde 2017. 

Milene Migliano
É pesquisadora, professora e produtora. Pós-Doutoranda no GP Juvenália: questões estéticas, geracionais, raciais e de gênero em comunicação e consumo, no PPGCOM ESPM-SP. Doutora em Processos Urbanos Contemporâneos pelo PPGAU – UFBA, mestre em Comunicação e Sociabilidade Contemporânea pelo PPGCOM – UFMG e jornalista com formação complementar em cinema, também na UFMG. Tem se engajado desde 2003 em diversos festivais de cinema que articulam contextos singulares de universidades públicas, como o forumdoc.bh e a UFMG, o FIDÉ e a Paris VIII, o Cachoeira.doc e a UFRB, o Festival Mimoso de Cinema, com a UFRB e a UFOB, o F.EST.A e a UFSB, o Cinema Urbana e a UNB, entre outros. No forumdoc.bh foi co-curadora das mostras “Esta Terra é a Nossa Terra” (2020) e  “Cinema dos Povos Originários: Bolívia e México” (2011), entre outras. Integra também o Grupo de Estudos em Experiência Estética: Comunicação e Arte, da UFRB. É pesquisadora do GT Infâncias e Juventudes da CLACSO, Conselho Latino Americano em Ciências Sociais.