Alberto Alvares, doutorando no Programa de Pós-Graduação em Cinema e Audiovisual na Universidade Federal Fluminense (2025) e mestre pelo mesmo programa (2023). Cineasta indígena da etnia Guarani Nhandewa, nascido na aldeia Porto Lindo, MS. Professor e tradutor de guarani, ministra curso de formação de cineastas indígenas. Realizou mais de 20 documentários, entre eles Karai ha’egui Kunhã Karai ‘ete/Os verdadeiros líderes espirituais (2014), O último sonho (2019) e Guardião da Memória, exibido na 21ª Bienal de Arte Contemporânea Sesc Videobrasil (2020); os longas Kunhangue Arandu: a Sabedoria das Mulheres (2021) e Yvy Pyte - Coração da Terra (Itaú Cultural/Rumos, 2023). Recebeu prêmios em festivais como o forumdoc.bh e o Doclisboa (2022). Professor de audiovisual no projeto “Vidas Indígenas no Maranhão” com os povos Ka’apor e Awa Guajá, Maranhão, pelo Museu da Pessoa. Um dos autores de Falas da Terra (TV Globo, 2021). Participou do Projeto Financiado Mondes Americains (EHESS, 2023). Direção do documentário de longa-metragem Motyrõ (em andamento) e da série Futuro da Terra,em três episódios (2025).
Ana Carvalho, cineasta, artista e técnica em agroecologia. Há mais de 20 anos, trabalha junto a povos indígenas e comunidades tradicionais no Brasil, na coordenação de projetos de formação e de criação compartilhada nos campos do cinema, das artes visuais e da agroecologia. Desde 2007, integra o Vídeo nas Aldeias, atuando nas oficinas de audiovisual, na elaboração e gestão de projetos, na organização de publicações e na realização de filmes. Idealizadora e codiretora da série Arquivo Aberto (2025) e codirigiu, com Vincent Carelli e Tita, a videoinstalação O Brasil dos Índios: um arquivo aberto (2016).Cofundadora da produtora O Praialta, com Tita, com quem desenvolve atualmente o longa documental Os Donos da Roça, em parceria com Sara Brites e Sérgio Gwiri, sobre a cosmologia dos roçados Guarani Kaiowá.
Carla Italiano, curadora, professora e pesquisadora em cinema. Doutora em Comunicação Social pelo PPGCOM-UFMG. Integra anualmente a equipe de programação dos festivais Olhar de Cinema/Curitiba, FENDA - Festival Experimental de Artes Fílmicas, bem como a organização do forumdoc.bh. Foi coordenadora de diversas mostras, incluindo Mulheres Mágicas – Reinvenções da bruxa no cinema (CCBB). É natural do Recife e residente em Belo Horizonte.
Carla Maia, doutora em Comunicação Social pela FAFICH/UFMG, com período sanduíche na Tulane University, em New Orleans/EUA. Pesquisadora e professora do curso de Cinema e Audiovisual do Centro Universitário UNA. Gestora e programadora do Cine Santa Tereza, cinema de rua em Belo Horizonte. Curadora, organizou diversas mostras de filmes e debates, entre elas, retrospectivas de Chantal Akerman, Naomi Kawase, Rithy Panh e Trinh T. Minh-ha. Assinou a curadoria da plataforma de streaming Embaúba Play. Integra o coletivo Filmes de Quintal, que realiza o forumdoc.bh: Festival do Filme Documentário e Etnográfico de Belo Horizonte. Coautora do livro Curadoria em cinema: do pensamento em ação (Edufba, 2025).
César Guimarães, professor Titular da FAFICH-UFMG e pesquisador do CNPq, coordenou a Formação Transversal em Saberes Tradicionais da UFMG de 2014 a 2024. Atualmente coordena a Cátedra dos Saberes Tradicionais junto ao Instituto de Estudos Avançados Transdisciplinares (IEAT-UFMG).
Cláudia Mesquita, professora do curso de graduação e do Programa de pós-graduação em Comunicação Social da UFMG, onde integra os grupos de pesquisa Poéticas da Experiência e Poéticas Femininas, Políticas Feministas. Pesquisadora do cinema brasileiro, com mestrado e doutorado na ECA-USP. Realizou pós-doutorado na Universidade Federal do Ceará (2018-2019), onde desenvolveu o projeto O presente como história - estéticas da elaboração no cinema brasileiro contemporâneo. Publicou, com Consuelo Lins, o livro Filmar o real - sobre o documentário brasileiro contemporâneo (Editora Jorge Zahar, 2008), e organizou, com Maria Campaña Ramia, El otro cine de Eduardo Coutinho (Cinememoria e Edoc, 2012), publicado no Equador.
Coletivo Awa Guajá, Majakatỹa Awa Guajá, Arakuranĩa Awa Guajá, Arawyta'ĩa Awa Guajá e Kwarahyxa'a Awa Guajá são professores nas aldeias Awa e Tiracambu, localizadas na Terra Indígena Caru, município de Bom Jardim, Maranhão. São lideranças jovens que, junto com os demais professores awa guajá, estão contando suas histórias verdadeiras por meio de vídeos e desenhos.
Cristina Amaral, formada em Cinema pela ECA-USP, é responsável pela montagem de filmes de diretores como Andrea Tonacci, Carlos Reichenbach, Edgard Navarro, Joel Yamaji, Carlos Adriano, Paula Gaitán, Raquel Gerber, entre outros. Mais recentemente, tem feito trabalhos ao lado de jovens realizadores como Adirley Queirós, Thiago B. Mendonça, Eryk Rocha, Renata Martins, Djin Sganzerla e Jo Serfaty.
Ewerton Belico, curador, roteirista, diretor e educador. Integra a equipe de programação do forumdoc.bh. Codirigiu e corroteirizou Baixo Centro, A memória sitiada da noite, Vira a volta que faz o nó, dentre outros. Foi curador das mostras Retrospectiva Geraldo Sarno e Léa Garcia - 90 anos, ambas realizadas no CCBB, dentre outras.
Gabriel Araújo, mineiro formado em Comunicação Social pela UFMG, é jornalista, crítico e curador de cinema. Cofundador da plataforma INDETERMINAÇÕES e do Cineclube Mocambo, atua como repórter da Folha de S.Paulo. Desde 2022, integra as equipes de curadoria do Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte (FestCurtasBH), da LONA - Mostra Cinemas e Territórios e, desde 2024, da Sessão INDETERMINAÇÕES (IMS). É coautor do livro Vidas Inteiras - Histórias dos 10 anos da Lei de Cotas e um dos editores da Revista Zanza Vol.1 - A Cidade no Cinema, a Arte na Cidade.
Guilherme Ramos Cardoso é doutor em Antropologia Social e especialista em indigenismo na Funai, atuando como parceiro dos Awa Guajá desde 2015.
Jorge Bodanzky, fotógrafo, cineasta e diretor de fotografia. Além de Iracema, uma transa amazônica (1974) e Gitirana (1975), dirigiu Jari (1979, codireção de Wolf Gauer) e Amazônia, a nova Minamata? (2022), entre muitos outros filmes.
Luciana de Oliveira, pesquisadora-extensionista e professora associada junto ao Departamento de Comunicação Social e ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da UFMG (linha de pesquisa Pragmáticas da Imagem). Desde 2012, tem trabalhado no Tekoha Guaiviry Yvy Pyte Y Jere (Retomada do Povo Kaiowá em Mato Grosso do Sul) em projetos compartilhados de produção e distribuição cinematográfica, de natureza editorial e em ambientes digitais, com ênfase na tradução linguística e intermundos. É coorganizadora do livro Ñe'ē Tee Rekove/Palavra Verdadeira Viva (2020) junto com o casal Ñanderu Valdomiro Flores e Ñandesy Tereza Amarília Flores. Integra, desde 2014, o grupo gestor da Formação Transversal em Saberes Tradicionais da UFMG, atualmente como presidente, que convida mestres e mestras dos diversos regimes de conhecimento indígenas, afrodiaspóricos e populares para atuarem como docentes visitantes na universidade. É colíder, junto com a Capitã Pedrina, do Coletivo de Pesquisa e Ação em Contextos de Risco (Corisco) e curadora independente.
Marie José Mondzain, filósofa e pesquisadora do Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS), dedica-se à análise do campo político, cultural e audiovisual contemporâneos a partir das fontes bizantinas do pensamento em torno das imagens, tal como formulado em seu livro seminal Image, icône, économie (Paris: Seuil, 1996). Suas publicações mais recentes incluem Homo spectator: ver, fazer ver (Lisboa: Orfeu Negro, 2015); Confiscação de palavras, imagens e tempo: por uma outra radicalidade (Belo Horizonte: Relicário, 2022); Accueillir: venu(e)s d’un ventre ou d’un pays (Paris: Les liens qui Libèrent, 2023); K de Kolônia: Kafka e a descolonização do imaginário (Rio de Janeiro: Contraponto, 2024).
Pauline Girardot Chevaucheur, diretora executiva da associação Documentaire sur grand écran desde 2023, construiu uma longa trajetória na defesa do documentário de criação junto às instituições culturais. Atuou no Centre National du Cinéma (CNC) e em diversas redes de difusão na França, entre elas a Acid.
Renata Otto, antropóloga, integrante do coletivo Filmes de Quintal, doutoranda no PPGAS da UnB, indigenista na Funai.
Ruben Caixeta de Queiroz, antropólogo, professor da Universidade Federal de Minas Gerais, coordenador do Laboratório de Etnologia e do Filme Etnográfico. Realizador de documentários e coeditor da Devires – Revista de Cinema e Humanidades. Compõe a equipe de organização do forumdoc.bh, do qual é cofundador.
Soraya Misleh, jornalista palestino-brasileira, mestre e doutora em Estudos Árabes pela Universidade de São Paulo (USP), autora dos livros Al Nakba – Um estudo sobre a catástrofe palestina e Uma história das mulheres palestinas – Dos salons aos primórdios da literatura de resistência(ambos pela Editora Sundermann). Coordena a Frente em Defesa do Povo Palestino SP.
Tetê Moraes, diretora, roteirista, produtora, jornalista e professora universitária. Carioca, viveu exilada e trabalhou no Chile, Estados Unidos, França e Portugal. De volta ao Brasil, em 1979, editou livros sobre mulheres e fez seu 1º curta Quando a rua vira casa (1981). Dirigiu os premiados documentários Terra para Rose (1987), Sonho de Rose, 10 anos depois (2000), e o curta Fruto da Terra (2008), sobre os trabalhadores rurais sem-terra. Também dirigiu os longas O Sol, caminhando contra o vento (2006), sobre a geração 68 e Família de Axé (2019). Os musicais Nasci para Bailar (2009), a série biográfica João Donato (2015) e curtas como Pai de Gigantes (1995) sobre o carnaval de Olinda, Ar nosso de cada dia (1992), sobre meio ambiente no Rio, com Paulo Betti. Recebeu, pelo conjunto de sua obra, as premiações: Golfinho de Ouro, do Conselho Estadual de Cultura (RJ, 2004), a Medalha Pedro Ernesto, da Câmara dos Vereadores (RJ, 2005), e Cristal Lens do Inffinito Festival de Cinema Brasileiro (Miami,2023).
Vincent Carelli, cineasta e indigenista, fundou, em 1986, o Vídeo nas Aldeias. Desde então, coordenou a formação de gerações de cineastas indígenas e produziu dezenas de documentários, destacando-se a Trilogia do Martírio – Corumbiara (2009), Martírio (2016) e Adeus, Capitão (2022) – e a série Arquivo Aberto (2025). Recebeu o Prêmio Unesco pelo Respeito à Diversidade Cultural e pela Busca de Relações de Paz Interétnicas e o Prince Claus Award, por sua atuação junto aos povos indígenas no Brasil. Coordena os projetos de preservação e devolução do acervo audiovisual do Vídeo nas Aldeias, que abriga cerca de 8 mil horas de imagens produzidas junto a mais de 50 povos indígenas no Brasil.
Mostra Contemporânea Brasileira
Carolina Canguçu é mestra em Comunicação Social pela UFMG. Diretora, montadora e curadora de mostras de documentários. Professora em cursos de formação audiovisual, atua na elaboração de projetos e realização de filmes. É contramestra de Capoeira Angola, propondo seus estudos e práticas coletivas.
Cora Lima é antropóloga, curadora e produtora cultural. Integra o coletivo Filmes de Quintal e a organização do forumdoc.bh desde 2021. Como curadora, atuou em mostras do forumdoc.bh – Comunidades de cuidado: fabulações, enfrentamentos e éticas de cura (2021), Imagens indígenas do Sul e do Norte: Cinemas Yanomami-Inuit(2022), Mostra-Seminário A câmera é a flecha, a câmera é a cesta: cinemas Krahô, Tupinambá, Kuikuro, Kaiabi e Guarani (2023) –, e na Mostra Contemporânea Brasileira (2025).
Heitor Augusto, atua como curador, consultor, advisor e pesquisador. Com quase duas décadas de atuação, já programou para diferentes festivais brasileiros, além de ter uma larga atuação propondo projetos curatoriais, entre os quais se destacaa retrospectiva Cinema Negro: Capítulos de uma história fragmentada (FestCurtasBH, 2018). Em 2025, foi um dos curadores de filmes convidados para a Bienal de São Paulo. Augusto tem também contribuído para a visibilidade da realização audiovisual negra por meio de pesquisas, publicações, aulas e projetos curatoriais. Além da atuação no Brasil, Augusto tem trabalhos na Alemanha, Canadá, Estados Unidos e França.
Vanessa Santos é doutora em Comunicação; sua trajetória articula ensino e pesquisa, gestão e produção cultural. É professora do curso de Cinema & Audiovisual do Centro Universitário Una, onde também atuou como coordenadora. Foi gestora e programadora do Cine Santa Tereza e integrou equipes de curadoria de importantes mostras e festivais, como FestcurtasBH, Semana de Cinema Negro de Belo Horizonte e Festival de Arte Negra. No campo da produção cinematográfica, foi diretora de produção e produtora executiva dos filmes Minha África Imaginária (2024), Praia Formosa (2023) e Kevin (2021). Atualmente, é gestora de projetos na produtora Anavilhana.