Sessões Especiais

As Sessões Especiais reúnem um conjunto de filmes destacados por associar linguagem a questões do nosso tempo histórico, abordando temas com os quais estabelecemos relações especiais ao longo dos anos, como as retomadas indígenas no audiovisual, filmes de caráter etnográfico e políticos marcados. Também teremos uma sessão de encerramento dedicada ao grande Geraldo Sarno, exibindo pela primeira vez em Belo Horizonte nos cinemas, seu último e genial filme: Sertânia. 

O fórum de debates das Sessões Especiais será composto por sessões comentadas presencialmente no Cine Humberto Mauro, Palácio das Artes, durante o festival. Contará também com uma Masterclass com Sylvain George, Adirley Queirós e Joana Pimenta e um debate pré-gravado com a diretora Paz Encina e a pesquisadora Carla italiano. 

Não é necessária inscrição prévia para as sessões comentadas no Cine Humberto Mauro. 

Inscrição para MASTERCLASS via formulário.

O debate pré-gravado entre a diretora Paz Encina e a pesquisadora Carla Italiano, será disponibilizado no site e canal do YouTube do forumdoc.bh. 

Confira a programação:

Quinta-feira - 10 de novembro

19h -  Sessão de Abertura

Participantes: Com Adirley Queirós, Joana Pimenta e Cristina Amaral

Mato Seco em Chamas (Brasil, Portugal, 2022, 152', direção: Adirley Queirós e Joana Pimenta)
Sessão comentada com a presença da diretora, do diretor e da montadora Cristina Amaral

Sexta-feira - 11 de novembro

14h - Sessões Especiais/  MasterClass 

Nuit Obscure - Feuillets Sauvages (França, Suíça, 2022, 265', ​​direção: Sylvain George)
Sessão com a presença dos diretores Sylvain George, Adirley Queirós e a diretora Joana Pimenta sobre os processos de realização de seus mais recentes e premiados filmes 

Sábado - 12 de novembro

17h - Sessões Especiais

Participantes: diretor Thiago B. Medonça e montadora Cristina Amaral

Curtas Jornadas Noite Adentro (São Paulo, 2021, 106’, direção: Thiago B. Mendonça)
Sessão comentada pelo diretor

Terça-feira - 15 de novembro

19h - Sessões Especiais

Participantes: diretor Vincent Carelli, pela diretora Tita (Tatiana Almeida) e Fábio Menezes

Adeus, Capitão (Pará, 2022, 178’, direção: Vincent Carelli e Tita (Tatiana Almeida))
Sessão comentada pelo diretor e pela diretora 

Domingo - 20 de novembro

17h - Sessões Especiais

Lá nas Matas Tem e Tambu

Participantes: Seu Marcolino e Comunidade do Quilombo do Mato do Tição, Capitã Pedrina (Capitã da Guarda de Massambique de Nossa Senhora das Mercês de Oliveira, MG) e pelos diretores Leandro César, César Guimarães e Pedro Aspahan

Tambu (Brasil, 2022, 28', direção: Leandro César, Marco Antônio Gonçalves Júnior)
Lá nas Matas Tem (Minas Gerais, 2022, 55’, direção: César Guimarães, Pedro Aspahan)
Sessão com a presença da Comunidade Quilombola Mato do Tição e dos diretores

Debates pré-gravados

EAMI (Paraguai, Estados Unidos, Alemanha, Argentina, França, México, 2022, 75’, direção: Paz Encina)
Debate pré-gravado com a diretora
Mediação: Carla Italiano e Daniel Ribeiro

Xaraasi Xanne (Vozes Cruzadas) (França, Alemanha, Mali, 2022, 123’, direção: Bouba Touré, Raphaël Grisey)
Debate pré-gravado com Raphael Grisey e Vanessa Santos
Mediação: Júnia Torres

As Lavadeiras do Rio Acaraú Transformam a Embarcação em Nave de Condução e Vazio do Ar

Currículos

Adirley Queirós
Cineasta brasileiro, diretor de filmes premiados nacional e internacionalmente: Era Uma Vez Brasília (2017), Branco Sai, Preto Fica (2014), A Cidade é Uma Só? (2012). Seu mais recente filme Mato Seco em Chamas (2022) foi premiado como melhor filme este ano no Cinéma du Réel (França), DocLisboa (Portugal) entre outros importantes festivais.

Cristina Amaral
Formada em Cinema pela ECA-USP, é responsável pela montagem de filmes de diretores como Andrea Tonacci, Carlos Reichenbach, Edgard Navarro, Joel Yamaji, Carlos Adriano, Paula Gaitán, Raquel Gerber, entre outros. Mais recentemente, tem feito trabalhos ao lado de jovens realizadores como Adirley Queirós,Thiago B.Mendonça, Eryk Rocha, Renata Martins, Djin Sganzerla e Jo Serfaty.

Joana Pimenta
Artista visual, realizadora, fotógrafa de cinema e argumentista portuguesa, premiada em 2014 no festival Indie Lisboa e no festival de Ann Arbor. Professora do departamento de cinema da Universidade de Harvard e na Universidade de Rutgers nos EUA. Diretora do filme Mato Seco em Chamas (2022), premiado como melhor filme este ano no Cinéma du Réel (França), DocLisboa (Portugal) entre outros importantes festivais. Tal filme, no qual assina a direção de fotografia por foi premiado como Melhor Fotografia no Festival de Cinema do Rio (2022).

Sylvain George
Sylvain George dirigiu diversos documentários, entre os quais Pages Arrachées (2009), Qu’Ils Reposent en Révolte (Des Figures de Guerre) (2010), Les Éclats (Ma Gueule, Ma Révolte, Mon Nom) (2012), Rumo à Madri (2021, 37ª Mostra) e Paris Est une Fête - Un Film en 18 Vagues (2017). Seus filmes se voltam ao registro da experiência dos marginalizados – dos migrantes, em especial – e dos novos movimentos sociais. Noite Obscura, foi selecionado para a mostra principal no Festival Internacional de Cinema de Locarno, edição 2022.

Thiago B. Mendonça
Thiago B. Mendonça é diretor de cinema, roteirista e montador. Bacharel em Ciências Sociais e mestrando em Cinema na ECA – USP. Recebeu por seus filmes mais de uma centena de prêmios em festivais nacionais e internacionais. Seu primeiro longa-metragem, Jovens Infelizes ou Um Homem que Gritanão é um Urso que Dança” foi o vencedor da Mostra de Cinema de Tiradentes de 2016 e premiado em festivais em Portugal, Estados Unidos, México, Colômbia, Venezuela e Argentina. Trabalha como roteirista para importantes diretores da nova geração do cinema brasileiro. Co-dirigiu trabalhos com Adirley Queirós, Zózimo Bulbul, entre outros diretores. Atua junto a grupos de teatro como o Coletivo Comum e o Grupo Folias. Coordena o curso de formação de cineastas populares junto à Rede Emancipa de Educação. Colaborou com diversas publicações como crítico de cinema (Revista Época, Le Monde Diplomatique, Valor Econômico, entre outras). Seu terceiro longa-metragem, Curtas Jornadas Noite Adentro, estreou no DocLisboa em 2021. Os Grandes Vulcões, co-dirigido com Fernando Kinas é seu quarto longa-metragem.

Tatiana Soares de Almeida - Tita
Atua como diretora, roteirista e montadora de cinema, vídeo e artes visuais. Montou e co-dirigiu Adeus, Capitão, em colaboração com Vincent Carelli; Martírio, em colaboração com Vincent Carelli e Ernesto de Carvalho; e a instalação O Brasil dos índios: um arquivo aberto, obra concebida para integrar a 32a Bienal de Artes de SP, em colaboração com Vincent Carelli e Ana Carvalho. Foi montadora de Avenida Brasília Formosa e As Aventuras de Paulo Bruscky, de Gabriel Mascaro, e das videoinstalações O Peixe, O levante, Jogos dirigidos e 4.000 disparos, do artista plástico Jonathas de Andrade. Desde 2009, integra a equipe do Vídeo nas Aldeias atuando na concepção e desenvolvimento de projetos, na coordenação de oficinas de formação audiovisual e na direção, roteirização e montagem de obras em parceria com comunidades de povos nativos em todo o país.

Vincent Carelli
Vincent Carelli, indigenista e cineasta, criou em 1986 o Vídeo nas Aldeias, um projeto a serviço dos projetos políticos e culturais dos índios, e realizou uma série de documentários sobre os impactos deste trabalho. A Arca dos Zo’é recebeu vários prêmios, entre eles nos Festivais de Tóquio e do Cinéma du Réel em Paris, e a trilogia O Espírito da TV, A Arca dos Zo’é e Eu já fui seu Irmão foi exibida por uma série de televisões públicas pelo mundo e no MOMA em NY. Em 1999, Carelli recebe o Prêmio UNESCO pelo respeito à diversidade cultural e pela busca de relações de paz interétnicas, e em 2000, realiza a série "Índios no Brasil" para a TV Escola do Ministério da Educação. Em 2009, a ONG Vídeo nas Aldeias, uma escola de cinema para índios, recebe a “Ordem do Mérito Cultural” do governo brasileiro e o seu filme Corumbiara, sobre o massacre de índios isolados em Rondônia, é o grande vencedor do Festival de Gramado, e de vários festivais nacionais e internacionais. Martírio (2016) é o segundo de uma trilogia, traça o percurso histórico do genocídio Guarani Kaiowa no Mato Grosso do Sul. Em 2017, Carelli recebe o Prêmio Prince Claus nos Países Baixos por sua militância pelo cinema indígena. Em 2021, o filme Adeus, Capitão fecha sua mais recente trilogia.