Mixaha'a conta de quando era pequeno e seu pai o ajudou a caçar uma cotia com uma tocaia.  Entrevista coletada por Tatusia Awá-Guajá e Inamupthu Guajá, jovens do Povo Awá-Guajá e Guajajara, da TI Caru, no Maranhão, durante o processo de formação realizado pelo Museu da Pessoa em 2022.

A caçada através da tocaia

A turbulenta cidade de São Paulo reúne a maior população indígena do Brasil. Foi em seus subúrbios que Auritha decidiu recomeçar a vida. Contadora de histórias, ela parece estar finalmente perto de se erguer e reconstruir uma família – contudo, os tormentos de suas ancestrais permanecem entre suas descendentes.

A mulher sem chão

Entre memórias pessoais e pesquisas históricas, uma cineasta, filha de uma trabalhadora doméstica, percorre o Brasil procurando rastros da escravidão na arquitetura. No caminho, encontra outras mulheres que enfrentam o mesmo legado.

Aqui não entra luz

CIMI Maranhão

Awáka'apará é um documentário que denuncia, em pleno século XXI, o risco de extinção de mais um povo indígena brasileiro. Awá ka'apará, na língua Awá, significa, literalmente, Awá que vive na mata: os Awá (regionalmente conhecidos como Guajá) são tradicionalmente caçadores e coletores e andam pela floresta, da qual dependem livremente. Mais recentemente (na década de 1970), grupos Awá começaram a ser fixados pela Funai, em torno de alguns de seus postos indígenas no Maranhão, e passaram a praticar uma agricultura de subsistência. Atualmente, os Awá formam uma etnia estimada em cerca de 350 a 400 pessoas. Isoladas, entretanto, no que resta de mata da Terra Indígena Araribóia e de algumas outras terras indígenas no Maranhão, cerca de 90 pessoas Awá ainda vivem em fuga – porque, afinal, a vida delas vale menos que o “progresso”.

Awáka’Apará

Dois meses após o falecimento de sua mãe, Angélica, Safira viaja em busca de encontrá-la em outras paisagens. Num curso fluvial, o filme percorre cidades banhadas pelo Rio Paraguaçu (Bahia) e pelo Rio Alegre (Maranhão), para imergir em novas perspectivas sobre memória, tempo, nascimento, vida e morte.

Cais

Hajkaramukya mostra utensílios usados para tomar ou armazenar líquidos no modo tradicional kawá:  copo para tomar água e vasilha para depositar e tomar mel.

Este filme foi produzido pelo coletivo Awá Pape Mumu’uhara no âmbito do projeto “Mumu’uhatea”, contando a verdadeira história dos Awá, e contou com apoio do Salve a Floresta por meio do projeto “Direitos Humanos na Escola Awá”.

Copo da Mata

Jonas Samauma

Alberto Alvares e Diana Freixo

Marcia Elias Trezza

Ângela Rangel

Edilza Serrano

O filme compila trechos de histórias de vida de pessoas awá guajá mais velhas que atualmente vivem na terra indígena Alto Turiaçu (MA). Quase todos falam sobre pessoas muito antigas, aquelas de quem eles mesmos ouviram falar. 

Guardiões da Memória Imara Akwa Ha Pame Ikoha - Pensadores da oralidade da floresta

Alberto Alvares

O filme compila trechos de histórias de vida de pessoas awá guajá mais velhas, que hoje vivem na Terra Indígna Caru (MA). Elas falam sobre o modo como viviam antes do contato com os não indígenas, sobre como foram sendo encurralados e perseguidos pelos invasores de seu território e como passou a ser sua vida depois que passaram a viver nas aldeias. 

Guardiões da Memória Ka`A Xakaha Imarakwa - Awá: resistir para existir

Os professores comentam sobre a qualidade da alimentação dos não indígenas, comparando-a à sua alimentação tradicional. 

Este filme foi produzido pelo coletivo Awá Pape Mumu’uhara, no âmbito do projeto “Mumu’uhatea”, contando a verdadeira história dos Awá, e contou com apoio do Salve a Floresta por meio do projeto Direitos Humanos na Escola Awá.

Líquidos e alimentação tradicional

Madre acompanha Ambar, que sente saudades do mar e de sua terra natal. Refugiada na capital do Brasil, a venezuelana embarca em uma jornada imersa na nostalgia do lugar de onde fugiu.

Madre

A incansável insubmissão ao poder de Preto Sérgio e sua busca pela história do que não foi revelado, desamarrando os nós a partir dos bons ventos que o levam ao mar de fora e ao mar de dentro.

Mar de Dentro

O povo indígena Myky detém um conhecimento ancestral único de cultivo de sementes nativas e da roça comunitária. As mulheres agricultoras Myky transmitem esse saber de geração em geração, garantindo a soberania alimentar da aldeia.

Mopái Pjuta Ãkakje'y – a roça e os alimentos Myky

Hajkaramykỹa Awa Guajá, Amiria Awa Guajá, Arapio Awa Guajá, Tatuxa'a Awa Guajá, Itaxĩa Awa Guajá, Arawyta'ïa Awa Guajá, Mijonikaxia Awa Guajá, Kwarahyxa'a Awa Guajá, Xirapõa Awa Guajá e Pitaria Awa Guajá

Tatuxa’á sabe escutar sua caça predileta. Escuta seu canto alto, percebe sua posição na mata. Enquanto escuta, pensa sobre as qualidades de sua futura presa. Mas há outro som bem mais alto e terrificante ameaçando a caça e o caçador, assim como a terra que compartilham. Este filme foi produzido pelo coletivo Awa Pape Mumu'űhara, no âmbito do projeto “Chatea: Contando a verdadeira história dos Awá”.

O Canto do Capelão

Amiria Awa Guajá, Flávia de Freitas Berto, Guilherme Ramos Cardoso, Ytatxi Guajá

Kamajrua, um dos grandes cantores do povo Awa Guajá, canta em frente à sua casa a música de Panỹxa'a, o karawara matador de porcão. Seu canto lamenta os incêndios que queimaram a floresta do território awa guajá em 2015.

Panỹxa'a – Matador de Porcão

Na Amazônia Maranhense, entre cantos ancestrais e saberes que atravessam gerações, o filme Parto Awá Guajá mergulha na vivência das parteiras Awá Guajá, guardiãs de um conhecimento profundo sobre o nascimento e a vida. Realizado em maio de 2019, na aldeia Awá a partir de uma oficina colaborativa com as próprias parteiras das aldeias Awá e Tiracambu, na Terra Indígena Caru, o documentário revela saberes e práticas de partejar que resistem ao tempo e à imposição da medicina ocidental, reafirmando a força da medicina Awá em diálogo intercultural com o sistema oficial de saúde. Em cada gesto, em cada palavra, as Awá Guajá mostram que seu saber é vivo, pulsante – e essencial para a continuidade de seu povo.

Parto Awá

Depois de sobreviver à chacina em que a polícia matou dez sem terras, a principal testemunha do crime e seu advogado lutam por justiça e pelo direito à terra. Ao seguir seus passos por sete anos na Amazônia Paraense, são revelados acontecimentos chocantes na tentativa de encobrir o crime.

Pau d'Arco

Separadas por um século, duas mulheres negras se encontram neste road movie pelas estradas da Bahia. Oriunda da periferia de Salvador, Mayara rememora os caminhos – surpreendentes a cada nova descoberta – que a levaram a desvendar Maria Odília Teixeira, neta de uma ex-escravizada que se tornou a primeira médica negra do Brasil.

Quem é essa mulher?

Amiria e Tatuxa’á, professores awá, falam sobre a Estrada de Ferro Carajás, sua recente duplicação e como ela destrói sua casa-floresta, inclusive o Rio Pindaré.

Rio Pindaré

Mãe e filho descobrem juntos como filmar a vida dentro de casa. A trajetória de Inez é percorrida em diferentes tempos, enquanto Aristótelis registra o cotidiano, reinventando e capturando a natureza de sua mãe. A câmera se torna um elo entre o tempo e o espaço, permitindo aos dois a possibilidade de continuar sonhando. 

forumdoc.bh.2025

filmes

Filmes com recurso de acessibilidade